Leonor Borges

“É não ser mais que fruto da inconstância,
E ter como constante nunca acalmar.

É em vão qualquer graça ou sentimento
Que por de humana natureza se tratar
Tão docemente se revela tormento
Como gravemente se deixa sossegar

É perturbação, a cada momento,
A cada segundo, o se alterar,
É não ser mais que fruto da inconstância,
E ter como constante nunca acalmar.