Catarina Coelho

“Bem-vindo ao mundo do Absurdo, em que a existência não tem sentido compreensível.

E no final, o quê…? No final do dia, o que sentimos? No final da hora, o que aproveitámos? Qual o objetivo de todos estes momentos destas criaturas? Pois é assim mesmo que pensamos: objetivos, metas, obstáculos, prazos…Sempre a tentar chegar ao “nível” seguinte. Somos seres desabituados do facto de nos tratarmos de animais, e que o que fazemos a todos os instantes é sobreviver, como qualquer outro ser na existência. Fazêmo-lo com um outro grau de requinte e ordenação, e por isso nos esquecemos da nossa animalidade.

No final do mês, o quê? Mentimos, enganamos, manipulamos, enrolamos, esfolamos, matamos! No final, qual a ideia, qual o sentido? Sabe-nos bem a beleza, a organização, a perfeição, a amizade, a união, a construção, a abundância – sabe-nos bem fazer o puzzlee destruir o puzzle. Mas, no final do mês, não ganhámos, não atingimos, não conquistámos, não conseguimos. No final, o desgosto. No final, fazemos aos outros o que queremos que nos façam a nós; só que isto dá para todos os gestos e para todas as conotações. E no final, para quê? Bem-vindo ao mundo do Absurdo, em que a existência não tem sentido compreensível.

No final, qual o sabor da vida? No final, por quê fazer? Insira por favor a sua razão.

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Se não é racional, que seja longeva a sua felicidade e desculpe qualquer incómodo pela reflexão. Se é racional, que faça boa escolha de um sentido, porque…

 

…. no final da vida, o que vivemos? No final, o quê…?