A crise socioeconómica e política instalada na Venezuela na última década, sob a chefia de Hugo Chavéz, e, mais tarde, de Nicolás Maduro, tem-se agravado a um ritmo estonteante ao longo dos últimos anos. Hoje, assiste-se à pior crise económica da história da Venezuela, outrora um dos mais países mais ricos da América do Sul.
O impacto que esta crise tem tido no cidadão venezuelano é foco de atenções mundiais. A hiperinflação superior a um milhão por cento reduziu o salário mínimo de um cidadão ao equivalente a menos de 6 euros, conjugada com a escassez de alimentos conduziu a maioria da sociedade à fome e a um aumento da criminalidade e da violência, num país que já é considerado como um dos mais violentos do mundo. A deterioração do Serviço Nacional de Saúde e a inacessibilidade aos medicamentos contribuiu para o regresso de doenças e epidemias já praticamente erradicadas e levaram os cidadãos a recorrer a ajudas externas ou ao mercado negro.
Para além dos problemas sociais, o descontentamento com o sistema político chavista, continuado por Nicolás Maduro, mostra que a Venezuela pode estar à beira de um ponto de viragem. A re-eleição de Nicolás Maduro em 2018, considerada fraudulenta internacionalmente, exigiu, assim, a autoproclamação de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, prometendo acabar com os atentados à democracia.
Quais foram os fatores que conduziram a Venezuela, um dos países com maiores reservas petrolíferas do mundo, a este ponto de rotura global? Num país com atualmente dois presidentes, como se dividiu o mundo no reconhecimento da sua legitimidade? Há esperança no regresso à democracia e à paz?
Caso queiras saber mais sobre este assunto ou partilhar as tuas opiniões e reflexões, aparece! Não percas o próximo evento do Quórum, “A Crise na Venezuela, no dia 28 de fevereiro às 18h no Anfiteatro Novo B, FMUP, que conta com a presença de testemunhos venezuelanos.
Esta atividade tem o apoio da Livraria Figueirinhas.