Uma das maiores ameaças ao futuro da maioria dos países desenvolvidos prende-se com a evolução natural das suas populações que se encontra, desde finais dos anos 80, em declínio. São cada vez mais frequentes as projeções demográficas que confirmam um cenário sombrio para países como Portugal. Além da diminuição da sua população total encontra-se também prevista uma diminuição da população efetiva e um aumento da proporção de indivíduos idosos. Caso se confirme, esta evolução demográfica trará consigo consequências nefastas não só para a economia, no que toca aos gastos com pensões e com a saúde e à sustentabilidade da segurança social, como também para a robustez da nossa sociedade.

A população envelhece porque a Humanidade cresceu em conhecimento técnico-científico e as condições de vida das populações melhoraram. Este facto, aliado à diminuição da taxa de fecundidade e à emigração de indivíduos jovens, que assolou principalmente países como Portugal durante a mais recente crise económica, contribuem para o panorama que se vive atualmente e para o qual existem poucas soluções à vista.

Este livro começa por falar das razões que conduziram à situação demográfica em que nos encontramos. Argumenta, em seguida, que a aflição com o envelhecimento da população é muito explicada por um outro envelhecimento mais profundo: a incapacidade de a sociedade adaptar as suas estruturas sociais e mentais à evolução dos factos. Propõe, por fim, um rumo alternativo de organização social sintonizado com as realidades sociodemográficas em curso.

Esta obra pertence à Coleção Humanista do Quórum – Fórum Político e encontra-se exposta para consulta na Biblioteca da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.