Na última década, vários foram os escândalos de divulgação de informação classificada como confidencial que vieram a público. Os delatores clamam pela liberdade de expressão e conhecimento, que consideram superar aqui o direito de privacidade e sigilo, enquanto os governos afirmam que esta confidencialidade é justificada em termos de segurança nacional. O caso WikiLeads foi o primeiro grande escândalo de fuga de informação em massa. Esta plataforma partilhou milhares de ficheiros relativos às intervenções militares americanas no Médio Oriente, a torturas praticadas em Guantánamo, entre outros. Em 2013, Edward Snowden, um analista de sistemas da NSA, revelou uma rede de vigilância a nível global, a qual abalou as relações diplomáticas mundiais. E, já em 2016, o caso Panama Papers rebentou, com a publicação de 10 milhões de documentos confidenciais, expondo milhares de empresas com contas offshore em paraísos fiscais.

Neste contexto, e com uma população cada vez mais informada e desconfiada da moralidade dos poderosos, será legítima toda esta exposição de informação classificada como confidencial? Ou será que todos temos o direito de saber das “brincadeiras” do mundo governativo e empresarial? Que linha separa o direito à privacidade da necessidade de garantir a segurança da população?

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