Com a morte de D. João VI, em 1826, inicia-se uma disputa pela sucessão dinástica entre os seus dois filhos, D. Pedro e D. Miguel, os quais defendiam ideologias políticas bastante diferentes. Seguindo a linha de convicções de seu pai, D. Pedro pugnava os ideais do liberalismo, do progresso político e da monarquia constitucional. Por outro lado, D. Miguel opunha-se de forma veemente ao crescimento deste movimento iluminista em Portugal, mantendo o seu vínculo na manutenção do poder absoluto da monarquia.

Foi este confronto ideológico que dividiu a população portuguesa e que ditou o início da Guerra Civil Portuguesa, em 1832, com o desembarque das tropas de D. Pedro IV em praias do norte do país, desde a região de Mindelo até Matosinhos. Com esta revolução, sucedeu-se um dos períodos mais negros da história do Porto, cidade que foi o pano de fundo dos confrontos entre as fações liberal e absolutista. Este cerco à cidade só viria a terminar com a vitória dos apoiantes do liberalismo, em 1833.

Assim, desde a Rua dos Mártires da Liberdade até ao Mosteiro da Serra do Pilar, são inúmeras as referências que se encontram em memória da vitória liberal, por vezes não tão óbvias para o observador comum, mas que assinalam um período fulcral, não só para a história da cidade, como também para o desenvolvimento de Portugal como o conhecemos.

Caso queiras saber um pouco mais sobre a Guerra Civil Portuguesa e a sua influência na toponímia portuense, não percas a próxima atividade do Quórum “Páginas da História: Guerra Civil – Porto”, que contará com a presença do Professor Jorge Martins Ribeiro. No dia 4 de dezembro, às 18 horas, na sala 3 do CIM, contamos com a tua presença!

Esta atividade tem o apoio da Livraria Figueirinhas.