Refugiados
A Organização Internacional de Migração estima que, só desde o início do ano, cerca de 350.000 migrantes tenham chegado à Europa e que mais de 2500 tenham morrido ao atravessar o mar Mediterrâneo. Vêm de diferentes países, por diferentes razões. Da Síria, quer em fuga de uma guerra interminável, quer do domínio crescente do Estado Islâmico. Do Afeganistão ou do Sudão, palcos de contínua violência e instabilidade política. Do Kosovo, assim como da Etiópia, onde a pobreza é incompatível com a dignidade humana. Arriscam-se a perigosas travessias à procura do “sonho europeu”, à procura da paz ou oportunidades que a sua origem lhes nega.

O aumento brutal de refugiados que solicitam asilo tem gerado a maior crise migratória e humanitária na Europa após a Segunda Guerra Mundial, que tem criado divisões até agora insuperáveis entre os países da Europa. Desde o seu início, temos assistido à rejeição do sistema de quotas pelo Reino Unido, à construção de um muro de 175 km ao longo da fronteira entre a Hungria e a Sérvia, a intervenções militares e construção de campos de detenção, à suspensão do tratado de Schengen, com o encerramento de fronteiras onde há muito se circulava livremente.

Por detrás do conflito político, um povo Europeu dividido, caído em controvérsia: temos ou não a obrigação moral de acolher os refugiados o melhor possível? Existe uma verdadeira diferença entre refugiados e migrantes sociais e económicos? Qual será o impacto económico, social e cultural do acolhimento de tal número de refugiados? Estará em risco a própria identidade europeia, ou mesmo a segurança dos cidadãos? Será uma ofensiva militar contra o Estado Islâmico uma alternativa? Qual deverá ser o papel da Europa (e da União Europeia) em tudo isto?

Estas são as nossas dúvidas nascidas do medo de uma cultura diferente e desconhecida, ou de um futuro incerto?
Como cidadão europeu és chamado a pronunciar-te, por isso junta-te a nós, no QUÓRUM, e faz-te ouvir!